domingo, 24 de maio de 2015

Escrevendo uma tatoo

Pego o papel para fixar meus pensamentos vagos.
Empunho o lápis para ter a autonomia de escrever.
Preparo a borracha que, meus erros, eu apago,
Para que, nos outros textos, eu possa me precaver.

Como a agulha na pele, o lápis no papel,
Mas as cicatrizes profundas, só no leitor,
Que tem aquele texto como resultado,
Mas não tem ideia de como se conduziu a dor.

O papel goza os arranhões com muito gosto,
Porque sabendo da chance de ser amassado ou queimado,
Cada letra nele escrita, o faz sobreviver.

E nesse rumo a ele destinado, de tensão e arranhões, 
O papel vai levando. Com seus amigos em baixo
Assistindo a arte que nele fixam sem prevenção.

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