sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Pensamento do dia (de hoje, de amanhã, de sempre)

Que os medos de minha caminhada
Vire glória e produtividade futuras
Fazendo-me soberano de meus sentimentos
E fazendo minha alma de elevar

Que as vitórias dos inimigos
Se façam persistentes
Para que meu ego não tome
Minhas mais belas qualidades

Que todo mau a mim desejado
Vire perdão e arrependimento
Fazendo deste vetor, 
Um aprendiz

Que alguns dos meus desejos
NÃO sejam realizados,
Para que eu não deixe de me esforçar
E correr atrás dos meus sonhos

Que todo bem feito nesse universo
Duplique, triplique, eleve à decima potência
E continue por gerações eternas
Transformando corpos e almas

Que toda energia negativa
Seja filtrada de todos nós
Que purifiquemos nossas mentes
E transformarmos o ruim no bom

E que todos que estiverem lendo esse poema
Não ache que é religioso pelo vocabulário
E por menos cultos que estes sejam,
Que faça-os cultivar um pouco de sua língua.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Quinta-feira

Quando a sexta-feira ameaça a chegar,
Penso nas noitadas nas quais irei beber.
Nos momentos em que a batida me envolver,
E varias latinhas de Budweiser eu vou secar.

Mas no momento estou em meu escritório.
E só queria, agora, um banho, comer e deitar,
E mesmo que eu saia desta angustiante envoltório,
Ainda têm chuva, ônibus e trânsito para enfrentar.

Enquanto viajo em meu pensamento,
Organizo cada voo a pousar e decolar,
E tento curtir esse "raro" momento.

Perante estresses e atrasos no aeroporto,
A mensagem dele me apita no WhatsApp,
E, em meu namorado, penso o dia todo.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Troninho

Quando em meu troninho eu sento,
Sinto uma vontade de leve ficar,
Mas quando chega o momento,
Meu fiofó não quer mais ajudar.

Forço forço mas o barro não sai
Ele finge que sai mas logo volta.
Nessa brincadeira ele não cai
E continua dentro, mas que droga!

Vou forçá-lo pela última vez.
Vamos ver quem é mais chato.
Ele certamente deve me achar um otário.

Respiro e prendo a respiração,
Logo sinto sua desistência:
Ploft! Lá vai a merda pela tubulação.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Sonhando paixão

Quando, em você, eu penso
Vejo aquela menina correndo,
Chorando, rindo, tremendo
E desapercebido cai seu lenço


Aquela cena bem clichê.
Coisa de filme meloso.
Daquelas que se vê na tv,
Mas para mim, muito amoroso.

Em você, eu não paro de pensar
Em fazê-la ou não minha vida.
Até agora, tu só me faz pesar
Tendo que descartar minha ida.

Mas quando em meus braços estiver,
E pendência nenhuma tiver com a vida,
Esteja ciente do que eu propuser,
Sendo, seu feitio, minha alegria,

Mas não faça de mim, seu dono,
Mas sim sua agenda,
Daquelas usadas como mordomo,
Fazendo-lhe, ou não, tua encomenda

E é nessa via que vai e volta,
Como de amante e amado,
Podendo ocorrer qualquer reviravolta,
Que revivemos um casal apaixonado.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Folha de caderno

Olho para o papel,
Sinto a vontade,
Mas de mim
Não sai escrita alguma.

Um vazio branco
Que no papel, destaca;
Não clareia minhas ideias,
Ele me inquieta.

O papel branco
Traz vontade,
Mas logo a pena vem
De sujar o vazio albino.

Mas para diminuir
Meus pensamentos aos outros,
Tenho que grafitar o vazio
E sujar a inspiração.

Minha inspiração vem do papel vazio.

domingo, 24 de maio de 2015

Escrevendo uma tatoo

Pego o papel para fixar meus pensamentos vagos.
Empunho o lápis para ter a autonomia de escrever.
Preparo a borracha que, meus erros, eu apago,
Para que, nos outros textos, eu possa me precaver.

Como a agulha na pele, o lápis no papel,
Mas as cicatrizes profundas, só no leitor,
Que tem aquele texto como resultado,
Mas não tem ideia de como se conduziu a dor.

O papel goza os arranhões com muito gosto,
Porque sabendo da chance de ser amassado ou queimado,
Cada letra nele escrita, o faz sobreviver.

E nesse rumo a ele destinado, de tensão e arranhões, 
O papel vai levando. Com seus amigos em baixo
Assistindo a arte que nele fixam sem prevenção.

Texto em branco

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Paradoxo.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Noite

A noite permanecerá escura
Até o Sol decidir brilhar.
E continuará sua bravura
Enquanto as 12 horas não terminar.

A noite quieta e humilde
Não reclama da invasão.
Seu espaço, ela gentilmente divide
Com o Sol e sua reputação.

A noite é tão sábia,
Que deixa a atenção para o Sol.
É como o olhar de pescador ao farol

Que só procura a luz para guiá-lo,
Mas as entranhas daquele farol,
Ao pescador, nunca será revelado.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Fome de escrever

A fome mata e compacta
Sentimentos já não são os mesmos
A angústia rebate na mente e lá empaca
O nosso interior, nós não mostramos

A morte chega com a fome
E a angústia já não é a mesma
Nós rebatemos nosso interior
E os sentimentos compactados, não mostramos

Já que a angústia mata
E nosso interior já não é o mesmo
Não mostramos nossa fome

Assim que a mente foi esquecida
Empacamos a brincadeira
A fome de escrever se compacta

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Ecoando a mente

À beira do precipício
Falo com meu eco
Que ecoa o meu suplício
Repetindo o que eu peço

Sabendo que o eco repete
Quilo que eu grito,
Falo o que sinto
Mas nada que ouço me diverte.

Se estou puto ou não
O eco não quer saber
Ele repete o meu dizer
E não me da sua opinião

O eco é um falso álibi
Ele ecoa o que falam
E aqueles que dizem "cale-se"
São os que menos o calam

Eu não preciso de precipício
Para ter um eco físico
Preciso da minha mente cansada
Para deixar de pensar, de raciocinar, de compor e rimar.
Já não versifico mais, já não raciocino mais, já não penso mais, já não existo mais. Precipício não mais para ecoar, e sim para pular.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Valsa do ensaio

Um, dois, três.
Um, dois, três.
Vem, me diz,
Outra vez.

Pé pra lá.
Pé pra cá.
Ao cair:
Levantar!

Reclamar!
Me beijar!
Decidir!
Realçar!

Desistir?
Fica aqui!
Minh'alma diz:
Exigir!

Um, dois, três.
Um, dois, três.
Você fez
Outra vez.

Ritmo!
Atenção!
Tem que haver:
Tradição.

Um, dois, três.
Um, dois, três.
Um, dois, três.
Outra vez.

Aptidão.
Ambição.
Conseguiu!
Perfeição.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Beijo abstrato

Beijo abstrato incomoda o poeta
Que sente ao beijar mas não pode provar
Como no amor que o machuca
Mesmo sem existir na cuca

Como pode? Um ato tão gostoso,
E, ao mesmo tempo, tão duvidoso.
Essa tortura mental que fere devagar
Esse poeta que não para de pensar.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Anjos existem!

          Existem anjos na Terra sim! Mas muitos humanos pensam errado sobre eles. Os anjos não "caem do céu", pelo contrario, eles fazem questão de descerem por conta própria e simplesmente escondem suas asas e auréolas para não assustar os humanos.
          Esses anjos foram capazes de sair do seu conforto no céu, para iluminarem e se sacrificarem por certos humanos que, nem de longe, merecem sua luz, mas o anjo não se importa, ele reconhece que os humanos erram, são grossos e mal educados, mas há chances de concertá-los, basta o anjo decidir fazê-lo.
          Anjo não tem idade. Pela lógica humana eles envelhecem propositalmente sua imagem durante o tempo, e fingem limitar suas capacidades; claro! Os humanos não deixariam de serem tolos e não entenderiam os anjos. Esses seres místicos são sensacionais! Têm tantos dons e tanto amor para dar. Até nesse ponto os anjos não são entendidos.
          Parece que os anjos cansaram dos humanos. Anjos! Não desistam de nós! Nós fazemos que não gostamos, mas no fundo estamos desesperados a procura de um anjo para nos ajudar, para conversar, aprender, admirar.
          Anjos, os humanos te amam. Não deixem de nos amar! É difícil, mas não impossível.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A morte em soneto

Aquela que chega mas não deveria.
Que obscurece a alegria.
Que não se importa com a idade.
Que para alguns, gera felicidade.

Aquela que, aos nossos olhos, espanta,
Mas aos dela, encanta.
Aquela que emprega o floricultor.
E faz, muitas vezes, a fama de algum escritor.

Ela não escolhe acontecer rápido ou devagar.
Ela simplesmente acontece.
Independe de hora ou lugar.

Ela chega rasgando, oblíqua.
Sem conceder a escolha de sua chegada.
Ela, sim! A quase ubíqua.

Fome matinal

     Quando a confiança torna-se banal, a paciência fica experimental.
Cada atitude me testa e limita meu humor. Cada palavra soa agressiva e insegura aos meus ouvidos. Todos os gestos e atitudes me dizem o pior de seu conteúdo até eu perceber o embalo dos fatos. Repensando meus pensamentos chego a uma conclusão, duas, dez...  Não paro de concluir, talvez o problema não seja os outros, e sim eu. Se os outros não me satisfazem facilmente, porque só meus pensamentos me deixam bem? A mente é aconchegante quando saudável. E a minha não está em sua total saúde. Há algum caminho errado que tomo certo. Mas este me faz mal? Ele me conforta de uma tal maneira que todos os pensamentos contra ele, eu anulo.
     Estou mal da cabeça, mas só por um estante. Daqui a pouco vou comer e ficar bem.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Planta

A planta é modesta...
Extravasa tanta beleza, 
Que, de vez em quando,
Ela escapa pelos galhos.
Com suas cores vivas,
Tão belas essas cores.
Sustentadas por um fino caule
Para mostrar como aquela beleza,
Excedente e tão necessária,
Ja não importa mais.
Esse caule se parte com tanta facilidade, 
Que não basta uma flor só,
Tem que exceder beleza por toda sua extensão.
Para que, mesmo mal cuidada
Sirva de inspiração para outros poemas.